sexta-feira, 16 de julho de 2010

FGV: IGP-M desacelera para 0,85% em junho

Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado para reajustar o preço de aluguéis, apresentou alta de 0,85% em junho, uma desaceleração ante a taxa de 1,19% apurada em maio. A informação foi anunciada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Até junho, o indicador acumula altas de 5,68% no ano e de 5,17% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M foi do dia 21 de maio a 20 de junho.
A FGV anunciou ainda os resultados dos três sub-indicadores que compõem o IGP-M de junho. O Índice de Preços por Atacado - Mercado (IPA-M) avançou 1,09% este mês, após subir 1,49% no quinto mês do ano. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor - Mercado (IPC-M) apresentou deflação de 0,18% em junho, em comparação com o aumento de 0,49% no mês passado. Já o Índice Nacional de Custos da Construção - Mercado (INCC-M) registrou taxa positiva de 1,77% este mês, em comparação com a elevação de 0,93% em maio.

Quando vale a pena comprar um imóvel como investimento

Especialistas dizem que a aquisição é um investimento interessante desde que haja expectativa de valorização dos imóveis no longo prazo
Se você já cogitou a ideia de investir em imóveis, sabe o quanto é complexo fazer a melhor escolha. Optar por oportunidades que ainda estão na planta ou comprar um imóvel já construído? Encarar os juros do financiamento ou investir em fundos de renda fixa? As respostas não são simples. Afinal, envolvem diversas variáveis - algumas até intangíveis, como dizem especialistas. Entretanto, mesmo que o problema não seja apenas numérico, é possível tomar uma boa decisão desde que se esteja disposto a correr atrás de informações.
Para Alexandre Melão, sócio da imobiliária Drive, quando se fala em comprar um apartamento ainda na planta, por exemplo, um bom trabalho de pesquisa pode significar lucro para o investidor. Ao entrar em um financiamento com essa característica, já se tem a perspectiva de uma valorização que vai de 20% a 30% entre o início das obras e a entrega do imóvel (em média, um período de 25 a 30 meses).
Essa valorização, contudo, nem sempre torna a operação mais vantajosa. Se o investidor pretende comprar o imóvel para alugá-lo, escolher um já construído representa a possibilidade de obter receitas de locação a partir do fechamento do contrato. Neste caso, o primeiro ponto a ser considerado é o que se paga pelo financiamento. Ademar Larini, presidente da Credipronto, uma joint venture entre a empresa de consultoria imobiliária Lopes e o banco
Itaú Unibanco, explica que, ao tomar uma decisão, é preciso comparar o aluguel com tudo o que está embutido em uma parcela de financiamento. "Há quatro componentes: a amortização do principal (o dinheiro emprestado para a compra do imóvel propriamente), as despesas com juros, o seguro e as demais tarifas", diz.
Tomemos como exemplo a compra de um imóvel de 66 metros quadrados já pronto, na zona oeste de São Paulo, avaliado em 220.000 reais. Dando uma entrada de 30% (aproximadamente 60.000 reais) e financiando o restante em 30 anos, o comprador deve pagar uma taxa efetiva prefixada de 10,5% ao ano. O valor das parcelas deve ser de aproximadamente 1.750 reais: 1.255 reais de juros, 417 reais de amortização, 53 reais de seguros e 25 reais de outras taxas.